A República de Angola possui maioria cristã, embora haja muito sincretismo, crenças e costumes herdados das religiões antigas. Dentre os cristãos, 59% são católicos, 26% protestantes e outros 10,7% de outras denominações, e 2,5% de dupla filiação. Há 4,3% de agnósticos, 1% de ateísmo e 1% de outras religiões.
Os principais problemas de Angola hoje são a mortalidade infantil e a instabilidade política. Grupos guerrilheiros lutam pela independência da província de Cabinda.
Angola República de Angola (português) Repubilika ya Ngola (quicongo, quimbundo, umbundo e chócue) |
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Lema: "A Unidade dá Força" | |
Hino nacional: Angola Avante! |
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Gentílico: Angolano Angolense[1] |
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Capital | Luanda |
Cidade mais populosa | Luanda |
Língua oficial | Português (o Quicongo, Chócue, Umbundo, Quimbundo, Ganguela e Cuanhama têm status de línguas nacionais) [2][3] |
Governo | República presidencialista de partido dominante unitária |
- Presidente | João Lourenço |
- Vice-presidente | Bornito de Sousa |
Independência | |
- de Portugal | 11 de novembro de 1975 |
Área | |
- Total | 1 246 700 km² (23.º) |
- Água (%) | pouca (em superfície) |
Fronteira | República do Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia |
População | |
- Estimativa para 2017 | 29 310 273[4] hab. (46.º) |
- Censo 2014 | 25 789 024[5] hab. |
- Densidade | 20,6 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 175,540 mil milhões *[6] (64.º) |
- Per capita | US$ 8 185[6] (107.º) |
PIB (nominal) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 131,407 mil milhões *[6] (61.º) |
- Per capita | US$ 6 127[6] (102.º) |
IDH (2019) | 0,581 (148.º) – médio[7] |
Gini (2009) | 42,7 |
Moeda | Kwanza (AOA ) |
Fuso horário | WAT (UTC+1) |
- Verão (DST) | n/a |
Cód. Internet | .ao |
Cód. telef. | +244 |
Website governamental | www.angola.gov.ao |
Angola, oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental da África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o exclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.
Os portugueses estiveram presentes desde o século XV em alguns pontos do que é hoje o território de Angola, interagindo de diversas maneiras com os povos nativos, principalmente com aqueles que moravam no litoral. A delimitação do território apenas aconteceu no início do século XX. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Angola foi uma colónia portuguesa que apenas abrangeu o actual território do país no século XIX e a "ocupação efectiva", como determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na década de 1920.
A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de uma longa guerra de libertação. Após a independência, Angola foi palco de uma intensa guerra civil de 1975 a 2002, maioritariamente entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Apesar do conflito interno, áreas como a Baixa de Cassanje mantiveram activos seus sistemas monárquicos regionais. No ano de 2000 foi assinado um acordo de paz com a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), uma frente de guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra activa.[8] É da região de Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.
O país tem vastos recursos naturais, como grande reservas de minerais e de petróleo e, desde 1990, sua economia tem apresentado taxas de crescimento que estão entre as maiores do mundo, especialmente depois do fim da guerra civil. No entanto, os padrões de vida angolanos continuam baixos; cerca de 70% da população vive com menos de dois dólares por dia,[9] enquanto as taxas de expectativa de vida e mortalidade infantil no país continuam entre os piores do mundo, além da presença proeminente da desigualdade económica, visto que a maioria da riqueza do país está concentrada em um setor desproporcionalmente pequeno da população.[10] Angola também é considerado um dos países menos desenvolvidos do planeta pela Organização das Nações Unidas[11] e um dos mais corruptos do mundo pela Transparência